quarta-feira, 21 de março de 2007

Borboletas no estômago


Os olhos carregados, fundos, mostram-me no espelho o que de pesado trago em mim: cansaço. Culpa, talvez. São as noites em que adormeço no vazio, sem os teus braços à minha volta. E pesa-me a tua ausência. A tua indiferença. Sobretudo, a tua incapacidade de dizer: a culpa é tua. Mas tu dormes. Deitas para o lado, porque outro dia vai nascer e para ti os dias são todos iguais. A culpa é minha, sim. Sim. Porque trago marcada na pele uma noite mal dormida, os passos num caminho que não sei se devo seguir.

2 comentários:

*yaras_rain* disse...

Deixaste-me com um aperto na alma com as tuas borboletas no estômago... Qué passa Dani?...* P.S. Quando a culpa me desassossega não há melhor remédio que partilhar para resolver :p Não é uma solução brilhante mas para mim é o único caminho que eu sei que devo e posso seguir :)

.mademoiselle dani disse...

São as tormentas do cabo da boa esperança. Mas tal como os descobridores eu dou a volta :) já partilhei aqui. E não vale a pena dizer mais. São as borboletas que batem as asas, mas que depois dançam e apaziguam o estômago. Tudo tem o seu ritmo e o que parece tempestade depois vira sol. Já estão a chegar os raios de luz.

Kiss minha miguita do coração*