domingo, 29 de julho de 2007

a sustentável leveza do ser!

Não tenho tido assunto porque o meu cérebro tirou férias. Apenas sinto e vejo as coisas, como o amigo do poeta que também era poeta, e não penso nelas. Tenho, no entanto, feito algumas excepções neste novo modo de vida: leitura d' O Ano da Morte de Ricardo Reis, do Saramago. É o primeiro livro dele que leio e posso dizer que estou francamente maravilhada. Recomendo vivamente este livro que vou levar para a costa alentejana nos próximos dias ;)

Boas férias*

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Nouvelle Vague - The Killing Moon

na praia

Volto hoje à terra, que é praia. Volto a casa. Família e amigos: estou a chegar. Estas férias em casa com cheiro a maresia, que se repetem há 22 anos, são como um bálsamo revitalizante.
Invicta não te abandono, volto em Setembro.


Praia da Vieira

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Como nuvens

Como nuvens pelo céu
Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.

São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.

Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transforma?
Que coisa inútil me dói?

Fernando Pessoa
17-06-1932

aqui dentro


Não têm sabor estas palavras, pois nem sequer são de pensamento.
São de lamúria, de queixa e de tisteza.
São de mim, mas sem o meu odor.
Sem o brilho das ideias que pinto na tela cerebral.
São, assim, um discorrer menos fiel, mais fácil até, do meu descontentamento.
Por isso as abandono aqui. Sem dizer adeus e sem olhar.
A vida é lá fora. É na brisa do vento. Na gota da chuva. Na página de um livro.
No verso daquela nossa música.
Não aqui no descontentamento de um coração que dorme embalado por ideias vazias e acorda com a melodia das palavras fáceis.

sábado, 7 de julho de 2007

uma pequena maravilha

Não são precisas sete. Era uma pequena maravilha se o medo (ridículo) de um ataque terrorista acontecesse no dia de hoje (7-7-2007) em Lisboa.
Senão vejamos: se se tratasse de uma bombinha que aniquilasse somente o interior do Estádio da Luz, estaríamos a falar de um dano menor -que seriam os estragos no estádio, que o Sr. Joe Berardo certamente não se importaria de mandar arranjar já que é tão benfiquista e tão rico; e depois o bem maior de exterminar a maior parte do pessoal da TVI, começando pelo Manuel Luís Goucha e na galinha que apresenta programas com ele e a acabar na Manela e no Moniz. Era limpinho!

les jours tristes




quand je pense a toi.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

as pequenas coisas


(...) Por querer mais do que a vida
sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
do que em mim tocou (...)
Ornatos Violeta

Às vezes sinto-me como este Capitão Romance. Sempre a apostar alto e agora a saber que praticamente para nada. É nestes momentos em que o sei que me vem à cabeça tudo o que, 'pequenino' comparado com os meus sonhos, não aproveitei nem tenho aproveitado. Há que repensar.