sexta-feira, 29 de junho de 2007

abertura oficial da época de caça à borboleta

"A felicidade é uma borboleta, quando perseguida está sempre fora do teu alcance, mas se te sentares quieto por um momento pode ser que pouse no teu ombro." Nathaniel Hawthorne

Vamos lá ficar todos sossegadinhos à espera que ela pouse.

desafio 7

Ora aqui está a minha resposta ao "desafio 7" lançado pela Patrícia Posse:
I- O que tenho de fazer antes de morrer:

1 » Conhecer o mundo
2 » Viver alguns anos no Chile
3 » Ter filhos
4 » Tirar outro curso
5 » Aprender a falar espanhol, chinês, italiano...
6 » Ter um negócio/empresa própria
7 » Sentir-me plenamente realizada!
II- O que mais gosto:
1 » Da minha família
2 » De arte: música, literatura, cinema, pintura preferencialmente
3 » Estar rodeada pelos meus amigos
4 » Viajar
5 » Surpreender e ser surpreendida
6 » Namorar (contigo!)
7 » Água: mar, rio, piscina ou banheira!
III- Prazeres fúteis:
1 » Meditar enquanto ando de transportes públicos
2 » Arrumar (é destressante)
3 » Dormir com a minha mãe
4 » Receber correio
5 » Contar ou ouvir uma novidade
6 » Ler antes de dormir
7 » Passar horas a ver uma série
IV- Coisas que digo frequentemente:
1 » Lol
2 » Um bocado
3 » Vá lá!
4 » É a vidinha.
5 » Tas a ver o que tas a fazer??
6 » O quê??
7 » Achas normal??
V- Coisas que faço bem:
1 » Cozinhar (quase sempre bem – o pessoal não se queixa)
2 » Conversar
3 » Rir e fazer rir
4 » Opinar/aconselhar/persuadir
5 » Divertir-me
6 » Escrever
7 » Improvisar
VI- Coisas que não faço ou não sei fazer:
1 » Cantar (mas como adoro não ligo aos vidros estilhaçados e faço muito uso das cordas vocais)
2 » Falhar aos meus amigos
3 » Desonrar a minha palavra
4 » Ser irresponsável
5 » Sorrir para uma pessoa de quem não gosto (normalmente só consigo exibir a minha pior tromba)
6 » Fingir que está tudo bem
7 » Ter calma quando estou stressada
VII - Coisas que simplesmente odeio:
1»Que me mintam
2»Pessoas com ambição desmedida
3»Injustiça
4»Machismo
5»Ignorância
6»Que mandem em mim
7» Sentir-me desiludida
Os 7 contemplados para aceitarem este desafio são:
1 » Annie, do blog No Hay Colores Oscuras
2 » Rita, do blog Murmur
3 » Danilo, do blog Alma Mater
4 » Liliana, do blog Os anjos Também Caem
5 » Pedro do Mar, do blog O Mundo do Mar
6 » Bruno, do blog Diário Imperfeito
7 » Tânia, do blog Low Budget Space

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Mar

Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.

Sophia de Mello Mreyner Andresen

terça-feira, 26 de junho de 2007

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Na hora da morte todas as metáforas são inúteis. A morte não se classifica. A perda não se mede. A dor não se explica. Tudo o que se possa dizer agora sobre ti é inútil. É o mais duro dos fins, porque não tem volta. Não é infeliz, é triste. Profundamente triste. É a impotência dos sentimentos a lutar contra a fatalidade dos raciocínios. É saber mas não aceitar, no meu íntimo, que nunca mais te verei. Nunca mais. É saber que os últimos momentos foram aqueles. É ter sentido o teu corpo febril e a seguir ter beijado a tua morte, gelada, nesse mesmo corpo que já não era teu. É ter visto a terra desabar sobre ti. É não conseguir dizer adeus.